Banco Central lança Pix Automático para facilitar pagamentos recorrentes a partir de 16 de junho


São Paulo (SP) – O Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (4) o lançamento oficial do Pix Automático, nova funcionalidade que permitirá o agendamento automático de pagamentos recorrentes, como contas de energia, mensalidades escolares, academias e serviços por assinatura.

A novidade foi apresentada durante o evento Conexão Pix, realizado na capital paulista. Segundo o BC, a proposta é tornar os pagamentos mais práticos e acessíveis, com uma única autorização do usuário para que cobranças regulares sejam debitadas automaticamente de sua conta, sem necessidade de repetir a operação a cada ciclo de cobrança.

“O Pix é o dinheiro que anda na velocidade do nosso tempo”, afirmou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante o lançamento. Ele destacou ainda que a nova funcionalidade deve beneficiar cerca de 60 milhões de brasileiros que ainda não possuem cartão de crédito, ampliando o acesso a serviços digitais.

A modalidade já está em uso no Banco do Brasil, que implementou a ferramenta no final de maio. A liberação para os demais bancos ocorrerá a partir do dia 16 de junho, inicialmente com pessoas físicas como pagadoras e empresas como recebedoras.

Como funcionará o Pix Automático?

De acordo com o BC, o processo envolverá:

Autorização única do cliente para débito recorrente;

Possibilidade de definir valores máximos por cobrança;

Notificação prévia de cada cobrança antes da execução;

Cancelamento e ajustes de limites a qualquer momento pelo usuário.


Além da praticidade, a expectativa é que o Pix Automático reduza custos de cobrança para empresas e contribua para diminuir a inadimplência, uma vez que os pagamentos serão agendados diretamente no sistema do banco.

“O consumidor vai ter comodidade, facilidade e controle. Ele consente uma vez, define o limite e pode cancelar quando quiser”, explicou Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro do BC.

A nova ferramenta é gratuita para pessoas físicas e utiliza a infraestrutura já consolidada do Pix, que em 2024 movimentou mais de R$ 26 trilhões em transações no Brasil.




Fonte: Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil