Brasil registra mais de 257 mil novos empregos com carteira assinada em abril, melhor resultado para o mês desde 2020


O Brasil encerrou o mês de abril de 2025 com um saldo positivo de 257.528 empregos formais, de acordo com os dados divulgados pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número representa o melhor desempenho para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 2020.

No acumulado do ano, já são mais de 922 mil novas vagas com carteira assinada. O saldo de abril decorre de 2.282.187 admissões contra 2.024.659 desligamentos. Em 12 meses (de maio de 2024 a abril de 2025), o país acumulou a criação de 1.641.330 postos formais.

Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o resultado é reflexo do esforço do governo para impulsionar a economia, apesar das críticas à taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,75%. “Os juros estão excessivamente elevados. O empresariado reclama, e seguimos alertando sobre a necessidade de o Banco Central calibrar melhor sua bússola pensando no futuro”, afirmou.

Setores e dados regionais

O setor de serviços foi o que mais gerou empregos no mês, com 136.109 novas vagas, seguido por:

Comércio: 48.040 vagas

Indústria: 35.068 vagas

Construção civil: 34.295 vagas

Agropecuária: 4.025 vagas


Todos os estados apresentaram saldo positivo de empregos. Os destaques foram:

São Paulo: 72.283 novas vagas (+0,50%)

Minas Gerais: 29.083 (+0,58%)

Rio de Janeiro: 20.031 (+0,51%)


Entre os estados com menor crescimento estão:

Alagoas: 414 vagas (+0,09%)

Roraima: 669 (+0,80%)

Acre: 760 (+0,68%)


Perfil dos contratados

Faixa etária com maior saldo: 18 a 24 anos (126.300 vagas)

Escolaridade: ensino médio completo (191.084 vagas)

Faixa salarial predominante: até 1,5 salários mínimos (178.593 vagas)

Raça/cor: pessoas pardas (171.377 vagas), seguidas por pessoas brancas (78.400 vagas)


Salários

O salário médio real de admissão em abril foi de R$ 2.251,81, com aumento de R$ 15,96 (+0,71%) em relação a março. Em comparação com abril de 2024, o aumento real foi de R$ 6,62 (+0,28%), já descontados os efeitos sazonais.

📎 Fonte: Agência Brasil – Reportagem de Luciano Nascimento